Viena, 22 de Julho, 1920
Colunista da Revista “Essence of Womam”, “Sonhos e mistérios da mente”.
Ela parecia muito assustada, eu gostava disso. Me fortalecia. Era como se eu começasse a esxistir, a nascer. O medo dela me tornava real, me fazia rir, me fazia sentir.
Ela arremessava objetos em mim; cadeiras, vasos, pratos, facas... Tudo que estivesse ao seu alcance. Ri de satisfação. Ela não teria como me atingir, ela me amava, não podia machucar alguém que ama. E em um acesso de loucura, sangrando, trancou-se em um quarto.
Fraca, fraca...
Estou assustada.
Srta. Audele Kreulein
Viena, 27 de Julho, 1920
Colunista da Revista “Essence of Womam”, “Sonhos e mistérios da mente”.
O mundo estava banhado em sangue e cinzas. Soldados marchavam como bonecos. Frios, cauculistas. Dragões de prata causavam chuvas de fogo.
Um garoto, uma criança, morta, facilmente descartado, caía em um buraco. Uma fada comia uma sombrinha como quem come cogumelo.
O mundo estava perdido, o céu estava desabando, o diabo estava solto e disposto a tê-lo.
- Te darei a salvação – Ele dizia – Somente os fortes sobrevivem.
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